A mãe que eu fui

Ontem em conversa com alguns conhecidos, dei um giro de 360 graus desde que Joaquim nasceu até os dias de hoje.

Não lembro-me exatamente o porquê chegamos ao assunto, mas numa festinha de criança é bem comum que todos queiram falar de filhos e seus feitos.

Joaquim tem apenas 2 anos e 10 meses, mas nesse tempo, passou por coisas que somente alguém predestinadamente forte aguentaria.

Esse curta metragem que fiz da minha vida ontem, me trouxe a memória -a mãe perfeita que eu desejava ser desde que descobri a gravidez.

E eu fui uma mãe perfeita, até enquanto deu.

A mãe perfeita que fui, seguia todos os manuais 'ideais': de alimentação, de sono, de educação, de comportamento, criação.

A mãe perfeita que fui, pagou a conta com a própria saúde.

A mãe perfeita que fui, deu ao meu pequeno um peso difícil e sofrido para carregar -o da perfeição.

A mãe perfeita que eu fui, teve um filho predestinadamente forte. Aguentou firme todos os manuais, até que a mãe percebesse que ou apertava o botão de stop, ou não sobreviveria.

Que sorte a minha por dar adeus a perfeição, e principalmente a dele.

Onde falo sorte leia-se: Deus. 

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